terça-feira, 21 de abril de 2020

A pintura de Gildásio Jardim

Gildásio Jardim mora em Padre Paraíso ( MG) no Vale do Jequitinhonha. Desenvolve um trabalho de pintura sobre tecido estampado em tela. A  ideia é fazer a fusão dos meus personagens com as estampas que me remetem a minha infância, e a minha gente do sertão do vale do Jequitinhonha

As estampas de tecido são lembranças das roupas das pessoas de minha comunidade que carrego em meu imaginário desde minha infância na zona rural. Comecei a fazer telas com essas estampas com o objetivo de provocar uma fusão entre os personagens do meu universo com as cores que eles trazem na vestimenta. De cada estampa, tento tirar um personagem ou vivência da cultura popular.

Só aos 13 anos que o artista teve acesso a tintas, então pintou os primeiros quadros. Como não conhecia ninguém que pintava e nem tinha conhecimento sobre técnica alguma; teve que se virar, fazer experimentações com as tintas que encontrava na sua cidade; tinta guache, tinta para tecido, látex, corante líquido e esmalte sintético. Depois de fazer algumas pinturas em cartolinas, começou  a construir suas próprias telas usando algodão cru e restos de madeira serrada. Não teve a oportunidade de fazer nenhum curso de pintura.
Criou essa técnica de pintura onde confecciona as telas com tecidos estampados para fazer roupas. Pinta em 3D, cenas humanas cotidianas e da cultura popular de Minas Gerais e do nordeste brasileiro. As estampas de tecido são lembranças das roupas das pessoas de sua comunidade que carrega em seu imaginário desde a infância na zona rural.

Começou a fazer telas com essas estampas com o objetivo de provocar uma fusão entre os personagens do seu universo com as cores que eles trazem na vestimenta. De cada estampa, tenta tirar um personagem ou vivência da cultura popular.  Queria retratar as vestimentas que tem como referência de infância, que é a chita com bolinhas e florzinhas que as mulheres vestiam, e as chitas com xadrez que eram as camisas dos homens. Na verdade esse tecido era sinônimo de pobreza. Contudo, também era uma coisa muito bonita, que remete a alegria e a simplicidade da sua gente, que tem como principal característica a afetividade.

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