
Vik Muniz é um artista plástico brasileiro reconhecido
internacionalmente que trabalha com materiais inusitados. Chocolate, feijão,
açúcar, manteiga de amendoim, leite condensado, molho de tomate, gel para
cabelo, geleia e produtos reaproveitáveis são algumas das suas principais
matérias-primas.Suas criações carregam uma forte preocupação social e com o
futuro do meio ambiente. Instalado nos Estados Unidos desde a sua juventude,
atualmente os trabalhos de Vik Muniz estão espalhados pelos quatro cantos do
planeta.Conheça agora algumas das suas principais criações.
Lampedusa

A instalação criada em 2015 e apresentada na Bienal de
Veneza é uma dura crítica feita pelo artista as políticas europeias contra a
abertura da fronteira aos refugiados. O barco, feito simulando uma dobradura
infantil e supostamente construído a partir de ampliações de jornais, foi
disposto num dos principais canais de Veneza e lembrava os espectadores da
morte de refugiados que encontravam-se na costa italiana.
John Lennon

O cantor inglês, ícone do pop, membro dos Beatles, ganhou um
retrato feito a partir do café. Os grãos são responsáveis por definir o seu
contorno e o seu cabelo enquanto os olhos são representados por um par de
xícaras cheias. Vik Muniz consegue criar uma belíssima peça com apenas quatro
elementos: o fundo liso, os grãos, as xícaras e o café pronto dentro delas.
Após ser criada, a instalação foi fotografada e então exibida em mostras.
Double Mona Lisa

Nesse trabalho, Vik Muniz recriou a obra clássica de
Leonardo da Vinci, a Mona Lisa. Mas ao dar forma a misteriosa moça escolheu dois
elementos particulares e bastante cotidianos: a geleia de uva e a manteiga de
amendoim. Apenas com essas duas matérias-primas e um fundo branco liso, o
artista foi capaz de dar corpo a pintura. O trabalho foi realizado e.m 1999
The Bearer Irma

O trabalho acima foi realizado em 2008 no lixão de Gramacho,
baixada do Rio de Janeiro. O aterro sanitário escolhido por Vik Muniz como
cenário de uma das suas mais importantes criações foi o maior lixão a céu
aberto da América Latina. No local, Vik contou com a ajuda dos catadores de
lixo que já habitualmente trabalhavam em Gramacho. Primeiro fotografou-os,
depois, com material recolhido no próprio lixão, montou as fotografias em
dimensões gigantes num depósito próximo. Todo o projeto foi registrado e deu origem
ao consagrado documentário Lixo extraordinário.
A capa do CD Tribalistas
feita por Vik Muniz

A capa do CD “Tribalistas” (2002) foi feita com calda de
chocolate. O artista plástico foi convidado pelo trio para dar a cara do álbum
que se tornou icônico na música brasileira.
O documentário Lixo
extraordinário
A criação retrata a viagem feita por Vik Muniz da sua
segunda casa - os Estados Unidos - para o Brasil. O artista resolve desenvolver
um trabalho a partir do Jardim Gramacho, o maior depósito de lixo a seu aberto
da América Latina. O filme foi um sucesso de público e crítica chegando a ser
indicado ao Oscar. O documentário recebeu o prêmio do público nos festivais de
Sundance e Berlim.
Dedique um pouco do seu tempo e assista o documentário